quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A GERAÇÃO TOLERÂNCIA



Os adolescentes e jovens brasileiros começam a vencer o arraigado preconceito contra os homossexuais e nunca foi tão natural ser diferente quando agora. É uma conquista da juventude que deveria servir de lição para muitos adultos.
As dificuldades do tribunal familiar não estão restritas ao boletim ruim da escola e nem as travessuras que os filhos fazem na escola e tão pouco as confusões em que eles se envolvem na vizinhança como bater o carro do vizinho. Mas quando se deparam com a atemorizaste combinação de intimidade com a autoridade dos pais, imagine para ali diante deles e dizer a frase: “Eu sou gay”. Não é fácil para quem fala menos ainda para quem ouve. As mães se assustam, mas logo o amor materno supera o choque do novo. Os pais demoram mais a metabolizar a novidade. A orientação sexual ainda é e vai ser por muito tempo uma questão complexa e tensa no seio da família.
A rapaziada está imprimindo um alto grau de tolerância a suas relações, a um ponto em que nada é mais feio do que demonstrar preconceito contra pessoas de raças, religiões ou orientações sexuais diferentes das da maioria,
A maioria dos jovens já declaram gays aos 16 anos e nas gerações anteriores somente isso ocorria em torno dos 21 anos de acordo com a maior complicação de estudos já feita sobre o assunto.

3 comentários:

  1. “Aos 16 anos, quando contei a minha mãe que preferia os homens às mulheres, ela ficou possuída de raiva. Eu achava que a notícia não causaria tanta comoção. Não há via aberto o jogo sobre minha sexualidade, mas tinha certeza de que minha mãe já desconfiava. Nunca levava garotas em casa ou falava delas. O dia em que contei tudo, no entanto, foi um divisor de águas para nós dois. A relação ficou muito tensa. É interessante como a coisa, depois, vai sendo assimilada. Ela abandonou o sonho de me ver chefe de uma família tradicional e, no lugar disso, passou a sonhar com um bom companheiro para mim. Isso ainda não aconteceu. Hoje, no entanto, minha vida é ótima. Não escondo das pessoas de que mais gosto o que realmente sou” Gabriel Taverna, 19 anos, estudante de São Paulo.

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  2. “Aos 15 anos, depois de alguns flertes com meninos e nenhuma relação com meninas, conheci meu atual namorado. Apaixonado e angustiado por viver escondido, achei que não havia outro caminho senão abrir a questão para os meus pais. Até hoje, não falamos muito sobre o assunto, mas eles já aceitam a situação, e até levo o Leonardo para dormir lá em casa. Às vezes, andamos de mãos dadas, mas não trocamos beijos em público. Não preciso ficar expondo minha sexualidade. Prefiro as boates que meus amigos gays ou não, freqüentam no circuito GLS” Victor Guedes, 19 anos, produtor de modas.

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  3. “chequei a beijar garotas, mas foi só quando troquei o primeiro beijo com um menino, aos 14 anos, que senti uma emoção real. Era tão claro para mim que resolvi contar a meus amigos mais próximos da escola que eu era gay. A princípio, eles estranharam. Cheguei a ser alvo de olhares tortos e gritos de “bicha”, mas logo passou.
    Quando contei a meus pais, no ano passado, eles no fundo já sabiam. Nunca me preocupei em levar garotas para casa só para me passar pelo que não era. Também não tenho necessidade de ficar me reafirmando gay na frente dos outros. Isso é bobo demais. “Para mim, é só mais uma de minhas características” Hector Gutierrez, 17 anos, estudante de Minas Gerais

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