sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

ALÉM DAS TEIAS DO PRECONCEITO




Forjado por constantes mudanças sociais, o preconceito contra os homossexuais só começou a diminuir nas últimas décadas. Mesmo assim, ainda precisamos aprender a vê-los além da sua opção sexual.
Muitas coisas no terreno da sexualidade permanecem ainda no plano da especulação ou são vistas de forma puramente dogmática. Uma delas é a homossexualidade, associada ao longo da historia à doença, à perversão ou à criminalidade.
Na verdade, em todo mundo antigo, a bissexualidade era socialmente aceita e o homossexual considerado igual a qualquer outro ser humano. Diante de interesses políticos, religiosos e económicos, no entanto, a homossexualidade sofreu duros golpes ao longo dos séculos. Só por volta do século 14, porém, é que a bissexualidade foi descartada da consciência social e a natureza humana definitivamente dividida entre homo e heterossexual. A primeira condição deveria, a partir daí, ser reprimida e a segunda, publicamente estimulada.
No século 18, o homossexual era insultado e tratado como um pecador. Graças à impossibilidade de procriação, seu papel na emergente sociedade de consumo ficou prejudicado.
Somente na segunda metade do século 20 é que a sociedade passou a mostrar maior compreensão pelo homossexual. Seja como for, um panorama mundial mais ou menos actualizado sugere que o homossexualismo é ainda ilegal em 74 países, 53 dos quais são ex-comunistas, ex-colónias britânicas ou de cultura predominante mente islâmica. Em 56 países existem movimentos gays, mas só em 11 deles a população é favorável a direitos iguais para todos. Em apenas seis países o governo protege os homossexuais contra a discriminação.

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